Clima

Uma pessoa morre em consequência do ciclone no Rio Grande do Sul

O governador em exercício, Gabriel Souza, informou que sete pessoas estão feridas no município de Sede Nova

Isabel Dourado*
postado em 13/07/2023 09:24 / atualizado em 13/07/2023 10:19
ciclone no Rio Grande do Sul -  (crédito:  Prefeitura de Porto Alegre)
ciclone no Rio Grande do Sul - (crédito: Prefeitura de Porto Alegre)

O governador em exercício do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, afirmou que uma pessoa morreu no município de Rio Grande em decorrência da passagem do ciclone extratropical. A morte foi provocada pela queda de uma árvore na residência da pessoa. Em entrevista à rádio CBN, na manhã desta quinta-feira (13/7), Gabriel Souza disse ainda que sete pessoas ficaram feridas no município de Sede Nova no noroeste gaúcho. 

"A estimativa que nós temos neste momento em virtude deste ciclone que está atingindo o estado, aliás é o terceiro ciclone consecutivo em 20 dias que presenciamos aqui no Rio Grande do Sul com graves danos à vida e as estruturas econômicas aqui do estado são de 400 mil gaúchos e gaúchas sem energia elétrica neste momento", disse. 

Segundo o governador o número ainda está sendo atualizado mas já indica o tamanho do dano que ocorreu na rede elétrica do estado nas regiões onde foram atingidas pelo ciclone.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) decretou nesta quinta-feira (13/7) alerta vermelho em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. "Temos a previsão de muitas pessoas desalojadas devido às enchentes", disse. 

Ontem (12), o Inmet e a Marinha já tinham emitido alertas para previsão de fortes rajadas de vento no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O ciclone tem ventos que superam os 50km/h e ocorre em regiões tropicais e subtropicais.

Os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica, isto é, regiões causadoras de tempo adverso em grande escala. Mamedes Melo, meteorologista do Inmet, explica que os ciclones extratropicais são associados às frentes frias. “O ciclone extratropical não traz volumes de chuva tão expressivos quanto um furacão.”

Mudanças climáticas e El nino

Especialistas explicam que a ocorrência desses eventos extremos podem se tornar cada vez mais frequentes no futuro. Especialmente devido às mudanças climáticas.

“Com certeza, a maior ocorrência desses eventos não está descartada nos anos vindouros. A própria OMM (Organização Meteorológica Mundial) está avisando que a gente está passando por um ônus de eventos extremos e por coincidência ou não a gente está com o El Nino aí no radar. Então quando começar a primavera a gente vai sentir um reflexo maior especialmente na região sul onde vai ter chuva e tempestade com maior frequência", explica o meteorologista. 

*Estagiária sob supervisão de Thays Martins

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação