O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta quarta-feira (12/07). Segundo o seu advogado, Fabio Wajngarten, o depoimento durou cerca de 30 minutos e Bolsonaro afirmou ter ficado em silêncio durante encontro com parlamentares que trataram sobre ações antidemocráticas. A oitiva ocorreu no âmbito da investigação que apura suposta articulação para um golpe de Estado.
A denúncia de que a investida estava sendo organizada partiu do senador Marcos do Val. Durante coletiva de imprensa, o ex-presidente afirmou não ter “nenhuma relação” com Marcos Do Val (Podemos-ES) e indagou: “Por que eu articularia um golpe com um senador que eu vi só uma vez em reunião?”. Wajngarten apresentou então a foto da mensagem trocada entre os políticos.
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Quando questionado sobre qual seria então o teor da reunião entre Durval e Daniel Silveira, ele afirmou que foi sobre “nada”. Wajngarten ressaltou que a reunião foi rápida e o nome do ministro Alexandre de Moraes não foi citado, nem sobre tentativas de golpe.
Questionado se Do Val teria inventado a história, Bolsonaro afirmou “ele que responda pelos atos dele” e disse que não pretende processá-lo por difamação.
O ex-presidente também falou sobre o general Cid, que foi ouvido nesta terça-feira (11/07) pela Comissão Parlamentar Mista (CPMI) do 8 de janeiro. Ele ressaltou que ele “é como um filho pra mim” e o defendeu: “não tem porque ele estar preso […] é um ato contra o estado democrático de direito”.
Por fim, Bolsonaro declarou que não teria porque realizar um golpe “em pleno domingo, com a casa vazia, sem nenhum canivete”.
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