O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, recebeu na prisão visitas de familiares, políticos e advogados. Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, a relatora do colegiado, Eliziane Gama (PSD-MA) revelou que o militar, inclusive, esteve com aliados do ex-chefe do Planalto. A informação foi dada nesta terça-feira (11/7).
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Na lista obtida pela relatoria, constam nomes como o do ex-ministro da saúde e deputado federal Eduardo Pazuello; o general ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Ridalto Lúcio Fernandes; o ex-secretário de Comunicação e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten; o ex-comandante do Exército, Júlio César de Arruda; e o coronel do Exército, Jean Lawand Júnior — que depôs à CPMI em 27 de junho.
Lawand esteve envolvido, com Cid, em uma troca de mensagens por celular de teor golpista encontrada pela Polícia Federal. A perícia no aparelho descobriu, ainda, uma minuta que sugeria a decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) por Bolsonaro, que seria uma das etapas para o golpe de Estado e, segundo o plano, impediria o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva de assumir o Palácio do Planalto.
Ao todo, Mauro Cid recebeu 73 visitas, em lista confirmada pelo Correio. Além de pessoas próximas ao ex-presidente, constam na lista parentes do militar, como a mulher dele, Gabriela Santiago Cid, e Mauro César Loureno Cid, pai do ex-ajudante de ordens.
Em depoimento à CPMI, o militar informou que faria uso do seu direito ao silêncio. “Considerando a minha inequívoca condição de investigado, por orientação da minha defesa, e com base na ordem do habeas corpus concedido em meu favor pelo Supremo Tribunal Federal, farei uso do meu direito constitucional ao silêncio”, disse Cid.
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