Convidado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações das ONGs na Amazônia, nesta terça-feira (11/7), o ex-ministro Aldo Rebelo afirmou que conhece a região há pelo menos 40 anos e que no bioma “convivem três Estados paralelos”.
“Me surpreende negativamente a situação que eu percebi. A Amazônia hoje, principalmente a profunda, é a área do nosso país onde convivem três Estados paralelos”, disse Rebelo.
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Segundo o também ex-deputado, o primeiro seria o oficial, com agências e órgãos que seriam “anêmico, débil e deficitário em tudo” . O crime organizado e o narcotráfico seria outro poder vigente na área, que se disseminou pela Amazônia, “dominando rios como vias de acesso para o tráfico nacional e internacional e ampliando o seu poder social e econômico”.
"Estado paralelo"
O terceiro “é o estado paralelo das ONGs, governando a Amazônia de fato, governando com o auxílio do estado formal brasileiro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama, da Funai, desse Ministério que criaram agora dos povos indígenas, esse consórcio de agências do Estado brasileiro”.
Para ele, o foco das organizações é garantir interesses de outros países no bioma. “Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida".
Durante os dois primeiros governos de Lula e Dilma Rousseff (PT), Rebelo foi ministro da Defesa; da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Esporte; e da Coordenação Política e Assuntos Institucionais. Entre os requerimentos que também serão votados pelos parlamentares, está o que pede à Polícia Federal a disponibilização de um delegado federal para dar apoio técnico investigativo à CPI.
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