1,7 milhão em espera

Lula fará reunião sobre fila do INSS: "Não tem explicação"

Segundo Lula, o encontro com os ministros da Previdência, Carlos Lupi, e da Fazenda, Fernando Haddad, ocorrerá nesta semana. Ele disse que é preciso identificar os problemas que contribuem para a fila

Victor Correia
postado em 11/07/2023 13:19 / atualizado em 11/07/2023 13:30
 (crédito: Ricardo Stuckert)
(crédito: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (11/7) que o governo federal fará uma reunião nesta semana sobre a redução da fila do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS). Segundo o presidente, "não há explicação" para a fila de atendimentos pelo órgão, que ultrapassou os 1,7 milhão de pedidos aguardando análise em junho.

Lula disse ainda que, se o problema for falta de servidores, é preciso contratar mais, e se for "falta de competência", é preciso trocar a equipe do INSS. Participarão do encontro o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"Eu tenho uma reunião nesta semana para discutir qual é o problema que está acontecendo, que as filas têm por volta de 1,9 milhão de pessoas. Não há nenhuma explicação. A não ser, 'ah, não posso aposentar porque não tenho dinheiro para pagar'", disse Lula durante a edição do Conversa com o Presidente, seu podcast semanal ao vivo.

"Se for isso, a gente tem que ser muito verdadeiro com o povo e dizer por que tem essa fila. Se é falta de funcionário, a gente tem que contratar funcionário. Se é falta de competência, a gente tem que trocar quem não tem competência", acrescentou ainda o presidente.

Troca no comando

Na semana passada, o ex-presidente do INSS Glauco André Wanburg foi exonerado do cargo. Pesaram na decisão a fila do órgão, problemas constantes no sistema do INSS e suspeita de que Wanburg teria gastos excessivos na compra de passagens e diárias a trabalho. Ele foi substituído por Alessandro Antônio Stefanutto.

Segundo Carlos Lupi, a meta do governo é reduzir para 45 dias o tempo de espera na fila até dezembro deste ano, com maiores reduções no ano que vem.

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