CONGRESSO

Haddad sobre relação com Lira: "Volta da política com P maiúsculo"

O ministro da Fazenda tratou com naturalidade a relação com o presidente da Câmara, que apoiou Bolsonaro nas últimas eleições

Estado de Minas
postado em 10/07/2023 17:36 / atualizado em 10/07/2023 17:40
Lira e Haddad participaram de debates em favor da reforma tributária e trabalham juntos na última semana
 -  (crédito: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)
Lira e Haddad participaram de debates em favor da reforma tributária e trabalham juntos na última semana - (crédito: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), destacou em entrevista à jornalista Natuza Nery, no podcast O assunto, que tem uma boa relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O petista coleciona vitórias importantes entre os parlamentares, incluindo a aprovação da reforma tributária na última semana.

"Eu acho, sinceramente, que isso é a volta da política com P maiúsculo, para produzir os melhores resultados. Quando ela não produz os melhores resultados, ela está sendo mal feita", disse Haddad.

Um estudo realizado pela Quaest Pesquisa apontou que a aprovação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19, que altera o sistema tributário brasileiro, foi citada cerca de 5,3 milhões de vezes nas redes sociais. Haddad teve 78% de comentários elogiosos, enquanto Lira aparece em segundo com 63%.

Os dois também tiveram uma relação próxima para aprovação do Arcabouço Fiscal, que altera o atual teto de gastos, e deve ser votado novamente pela Câmara na volta do recesso parlamentar, em agosto.

Haddad destaca que a primeira interação com Lira foi ainda durante a transição, quando o ministro precisou negociar uma PEC que alterasse o orçamento deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o governo Lula tivesse condições de governabilidade.

"Eu falei: 'Olha, não estamos discutindo aqui quem vai ganhar o campeonato. Nós estamos discutindo se vai ter campeonato'. Então nós temos que tomar providências. Agora, vamos tentar harmonizar e fazer da melhor maneira possível porque nem o governo Bolsonaro teria terminado, nem o nosso teria começado do ponto de vista fiscal, se não fosse a PEC da transição, que foi inclusive encolhida no processo", disse Haddad.

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