MEIOO AMBIENTE

CPI das ONGs ouve o ex-ministro Aldo Rebelo, nesta terça (11/7)

Colegiado também analisará requerimentos, entre eles os convites para o antropólogo francês e fundador da ONG Comissão Pró-Yanomami, Bruce Albert, e o fundador do movimento "Garimpo é legal", Jailson Reis de Mesquita

Ândrea Malcher
postado em 10/07/2023 13:44 / atualizado em 10/07/2023 13:44
 (crédito: Marcelo Ferreira)
(crédito: Marcelo Ferreira)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações das ONGs na Amazônia ouvirá, nesta terça-feira (11/7), o ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo. O depoimento foi solicitado pelo relator do colegiado, senador Marcio Bittar (União-AC), e por Nelsinho Trad (PSD-MS). Eles apontam fundamental a oitiva devido aos cargos já ocupados pelo convidado, além de seu envolvimento com pautas do meio ambiente.

Durante os dois primeiros governos de Lula e Dilma Rousseff, Rebelo foi ministro da Defesa; da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Esporte; e da Coordenação Política e Assuntos Institucionais. Entre os requerimentos que também serão votados pelos parlamentares, está o que pede à Polícia Federal a disponibilização de um delegado federal para dar apoio técnico investigativo à CPI.

Outra solicitação, do senador Dr. Hiran (PP-RR), convida o antropólogo francês e fundador da ONG Comissão Pró-Yanomami, Bruce Albert. Há também o requerimento do senador Jaime Bagattoli (PL-RO) para que a comissão ouça o fundador do movimento "Garimpo é legal", Jailson Reis de Mesquita.

O colegiado vem apresentando postura fortemente contrária às organizações atuantes na Amazônia, com duros depoimentos contra as entidades. Na semana passada, a líder do movimento Agroindígena Luciene Kujãesage Kayabi denunciou que entidades têm atuado para manipular a população indígena. Segundo ela, muitos dos povos estão com “olhos e mentes fechados”.

“As ONGs têm o poder de manipular o nosso povo. Tem um poder de persuasão tão grande que a maioria do meu povo está de olhos e mentes fechados”, diz Luciene Kujãesage Kayabi. “As ONGs só trouxeram fome e miséria. Existem aldeias que não passam de 30 indivíduos, porque as doenças não deixam as pessoas aumentarem suas famílias”, concluiu.

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