POLÍCIA FEDERAL

Diretor da PF: 'Policial que quer ser candidato tem que ser exonerado'

Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, disse que vai propor um projeto que impeça policiais federais se filiarem a partidos políticos

Vinícius Prates
postado em 09/07/2023 18:56
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), delegado Andrei Rodrigues, disse que irá propor, ainda neste semestre, um projeto para que impeça integrantes da corporação de se filiarem a partidos políticos.

Para o ele, os policiais federais que quiserem se candidatar devem ser exonerados e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos.

Em entrevista ao jornal O Globo, Rodrigues afirmou que a Polícia Federal não é lugar para "fazer política partidária" e destacou que "infelizmente, a instituição foi usada várias vezes". Para ele, isso pode afetar a democracia, "permitindo que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio".

O delegado também conta que regulou o uso do símbolo da corporação nas redes sociais "para fins pessoais e atividades não ligadas à instituição", com o objetivo de reduzir o uso indevido de imagem da Polícia Federal.

"Vamos propor neste próximo semestre que policial federal seja proibido de ter filiação partidária. Se quiser se candidatar, terá que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos. Quem quiser fazer política partidária está no lugar errado. Infelizmente, a instituição foi usada várias vezes", afirmou.

"Isso cria um desequilíbrio do sistema democrático, permitindo que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio. Nós também regulamos o uso do símbolo da PF nas redes sociais para fins pessoais e atividades não ligadas à instituição. A ideia é evitar uso indevido da imagem da PF", completou.

 


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