Com a aprovação pela Câmara da maior parte da pauta econômica, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do Planalto, deixou claro, ontem, que quer ampliar a base governista. Ele disse que o governo segue aberto à adesão de outros partidos.
"Estamos absolutamente abertos em discutir a entrada no governo de outras forças políticas, outros setores da sociedade. Sobretudo, de parlamentares que fizeram campanha para o presidente Lula ou que sinalizaram claramente a defesa do governo a partir do 8 de janeiro", anunciou.
As aprovações da reforma tributária e do projeto de lei que restabelece o voto de qualidade nas decisões do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), contaram com o apoio de parlamentares de fora da base do governo. Para Padilha, isso abre a possibilidade de costurar uma ampliação da base, mesmo que para isso tenha que fazer rearranjos na Esplanada dos Ministérios.
"Vou me encontrar não só com o presidente do União Brasil, mas com outras lideranças. Vou ao Palácio do Planalto ficar com o gabinete aberto para conversar com as lideranças e partidos", avisou.
Protagonismo
Em relação à saída da deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), que deixou o Ministério do Turismo, Padilha afirmou que ela terá um posto de "protagonismo" no Congresso. A parlamentar deve assumir a vice-liderança do governo na Câmara.
"Nossa intenção é de que ela assuma um papel de protagonismo. Quanto à definição da data desta mudança, vamos construir com as lideranças do União Brasil, que é o partido que indica este Ministério", observou o ministro. Para costurar a substituição da deputada, Padilha esteve com o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE).
Com os temas econômicos superados, o presidente Luiz Inácio Lula da Sila retoma a agenda no exterior. Ele viaja, hoje, para Letícia, na Colômbia, a convite do presidente Gustavo Petro. Na cidade, que faz fronteira com a brasileira Tabatinga, os dois encerram um encontro com especialistas, pesquisadores e representantes dos povos indígenas da Região Amazônica, realizado pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
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