O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), comentou, na manhã desta sexta-feira (7/7), a aprovação da reforma tributária, que ainda tem destaques a serem votados. Uma reunião entre Lira e os líderes partidários acontece ainda hoje para saber se será dada continuidade na pauta, com o projeto de lei (PL) que trata do retorno do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o arcabouço fiscal e a medida provisória (MP) que recria o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ou se ficará para o segundo semestre.
“Depois de um dia duro de articulações e a votação concretizada depois de muito anos de reforma tributária, penso que dá para começar um novo ciclo de materiais, esperamos que a Câmara possa concluir a votação dos destaques agora de manhã, tão logo o quorum seguro seja avançado”, disse.
Lira aproveitou para agradecer os parlamentares envolvidos, o relator da medida, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o coordenador do grupo de trabalho que debateu o sistema tributário proposto, Reginaldo Lopes (PT-MG), e o autor da proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019, o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP).
O presidente da Câmara listou, ainda, os governadores Ronaldo Caiado (União-GO), Eduardo Leite (PSDB-RS), Claudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (PL-MG), personagens importantes na articulação, e deu destaque especial ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), que desagradou aliados bolsonaristas e o próprio ex-presidente ao apoiar e buscar articular a aprovação da reforma tributária.
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“E, em especial, em nome do governador de São Paulo, Tarcísio, queremos falar aqui, simbolicamente em nome dele, da importância da interação entre Congresso e estados. E o estado de São Paulo, como o principal da federação a nível econômico, geração de emprego, renda, e principalmente de população, sempre teve uma postura muito crítica em relação à reforma tributária”, observou. “São Paulo sempre foi um obstáculo para este tipo de votação. E ontem, o governador Tarcísio, quero em público reconhecer a importância dele na condução da negociação, indo dar a cara para defender o que é justo, importante e o que vai calçar o país para o futuro”.
Lira ainda afirmou esperar que o Senado dê a atenção devida à questão. “A Casa Federativa vai ter todo tempo do mundo para fazer as alterações que podem ser necessárias”, declarou. “Saberemos esperar e avaliar o texto que com certeza deve voltar do Senado”.
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