LEGISLATIVO

Reforma tributária: Haddad espera mais de 380 votos favoráveis na Câmara

Fernando Haddad esteve por quase duas horas em reunião com líderes partidários na casa de Arthur Lira para dirimir dúvidas sobre textos da reforma tributária, das alterações no Carf e do arcabouço fiscal

Edla Lula
postado em 06/07/2023 20:31
 (crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Após uma tarde de intensa negociação nesta quinta-feira (6/7), na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que conta com uma votação superior a 380 votos nos três projetos de interesse do governo que tramitam na Câmara.

Ele também espera que a votação da reforma tributária, das alterações que o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional; o projeto de lei que retoma o chamado voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf); e do arcabouço fiscal se encerre antes do recesso parlamentar.

“Nós não queremos 308 votos. Nos vamos buscar o maior apoio possível, para que seja algo estável para o país”, disse, ao recordar que, na primeira votação no novo marco fiscal, o governo alcançou uma votação expressiva. “Nós temos tido muito sucesso nas votações, temos superado 350 votos, beirando os 400. Eu não acho que será diferente nesses três casos”, disse.

Segundo o ministro, é necessário que se vote o texto ainda antes do recesso parlamentar, em tempo de o governo elaborar o orçamento do próximo ano. “Nós precisamos dos três textos analisados para, a partir de agosto, entrar com novas medidas para o equilíbrio que a gente espera o ano que vem. O ideal é limpar a pauta”, disse.

Pela Constituição Federal, o governo precisa encaminhar, até 31 de agosto, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para apreciação dos parlamentares no Congresso Nacional. Alguns sempre há, porque nós estamos na elaboração do orçamento. “Não se entrega o orçamento em 30 de agosto, começando a elaborar em 10 de agosto. Não se faz em 20 dias um orçamento”, disse, referindo-se, especialmente, ao projeto do novo marco fiscal e do Carf, porque “ajudam a distribuir as cotas para os ministérios, além de uma série de procedimentos administrativos que ficam mais sólidos com as peças já aprovadas”.

O presidente da Câmara priorizou colocar em votação, primeiramente, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 45/2019) que trata da reforma tributária. A PEC está em discussão esta noite, no plenário. Antes do recesso parlamentar, ele pretende votar as outras duas proposições.

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