Congresso

Campos Neto deve ir ao Senado em agosto para explicar política monetária

Parlamentares entregaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, uma petição para apurar a política monetária do Banco Central

Taísa Medeiros
postado em 05/07/2023 18:33
 (crédito: Raphael Ribeiro/BCB)
(crédito: Raphael Ribeiro/BCB)

O líderes partidários do PT, PV, MDB, PSD, PSol, PSB, PDT, PCdoB e Rede, além de outros presidentes do fórum de partidos progressistas, sugeriram que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareça ao Senado em 3 de agosto, para esclarecer sobre a politica monetária do órgão. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ressaltou que faz parte do regimento do Senado a ida dele a cada seis meses para a prestação de contas.

Na reunião realizada entre os parlamentares e Pacheco, foi entregue uma petição em que pedem a instauração de procedimento para apuração da política monetária do Banco Central do Brasil. “Ele [Campos Neto] vai ter que explicar o inexplicável, não há justificativa, não há mais razões, até porque a inflação está em 3,4% para taxa de juros estar tão alta”, ressaltou o líder do PT na Câmara, deputado  Zeca Dirceu (PR).

“Se eu não me engano essa data coincide inclusive com a próxima reunião do Banco Central para decidir sobre juros. Então, a nossa expectativa é que na próxima reunião haja uma redução da taxa de juros e ao mesmo tempo naquela semana ou na próxima o presidente do Banco Central venha aqui ao Senado para cumprir essa obrigação legal”, disse Dirceu, destacando que os questionamentos não são de ordem política, mas, sim, de ordem técnicas.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), destacou que o pedido é feito com base no regimento interno do Senado e na lei complementar que obriga a Casa a fiscalizar o Banco Central. “Nós avaliamos que a política monetária está viciada. Manter a taxa a 13,75% é um erro, inclusive do ponto de vista técnico. Isso tem um impacto muito grande ruim para economia brasileira”, disse, criticando a contradição da última ata do Copom. “A contradição que teve entre o comunicado do BC e a ata do BC ficou clara e mostrou que há divergências internas acerca da política de juros”, completou.

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