DECLARAÇÃO

Lula chama Bolsonaro de genocida por mortes na pandemia: "Não ficará impune"

Em evento, presidente também exaltou o SUS e citou retomada da economia brasileira. Segundo o petista, "as coisas já estão acontecendo"

Ingrid Soares
postado em 05/07/2023 15:01 / atualizado em 05/07/2023 17:48
 (crédito: Nelson Almeida/AFP)
(crédito: Nelson Almeida/AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a chamar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de "genocida", nesta quarta-feira (05/7), em discurso na 17ª Conferência Nacional de Saúde. O chefe do Executivo ainda responsabilizou Bolsonaro pelas mortes ocorridas em meio a pandemia de covid-19. Segundo o petista, nada ficará impune.

"Depois da covid, não tem um brasileiro de boa fé que não reconheça que graças a vocês, graças ao SUS, graças a todos os profissionais de saúde, a gente não chegou a mais de um milhão de mortes porque o negacionista que governava esse país tem que assumir responsabilidade pelo menos por parte de 300 mil mortes das 700 mil que morreram", destacou.

Lula também chamou Bolsonaro de negacionista e citou que as pessoas morreram "por falta de atenção, pelo negacionismo, por falta da vacina, de respirador".

"Morreram porque esse país, em algum momento, teve um governo que não era um governo. Era um genocida colocando em prática a mais perversa atitude com relação ao ser humano. Haverá um dia nesse país que a covid será estudada com mais profundidade e haverá um dia em que alguém será julgado pela irresponsabilidade e pelo descaso no tratamento do SUS. Alguém que resolveu desafiar a ciência, os cientistas, pesquisadores, a OMS", disse. 

'Não se respeitava nada e, além disso, obrigou laboratórios do Exército e das Forças Armadas a produzir cloroquina para ajudar na enganação do povo brasileiro. Isso não ficará impune na história da saúde brasileira", completou.

Defesa da igualdade

O petista fez discurso pela democracia e pela igualdade. "Esse país voltou a ser democrático, o povo voltou a falar. Nesse governo, vocês podem reclamar, reivindicar, discordar porque temos dois ouvidos é para escutar a reclamação do povo e não apenas para ouvir palmas de vocês".

E defendeu que é preciso derrotar o ódio e o fascismo. "A gente conseguiu derrotar um candidato a presidente, mas o fascismo está solto nas ruas desse país e nós precisamos derrotá-lo. Precisamos derrotar o ódio, fake news, mentira, pobreza. Ao invés de ódio, queremos o amor. Ao invés de guerra, queremos paz. Ao invés de preconceito, a igualdade e fraternidade entre homens e mulheres neste país".

No evento, Lula também voltou a exaltar o Sistema Único de Saúde (SUS). "Por mais que o SUS tenha sido criticado ao longo de décadas, a verdade é que não existe no planeta nenhum país com mais de 100 mil habitantes que tenha um sistema de saúde da qualidade do SUS", emendou.

 Na parte econômica, o presidente ainda citou que "as coisas já estão acontecendo" e os preços de alimentos estão "baixando". "Daqui a pouco, quem come carne, vai ter uma 'picanhazinha' na mesa. O preço tá baixando. O óleo, o azeite tá abaixando, o feijão. As coisas vão baixar, mas o que precisa não é só baixar as coisas, mas aumentar o salário do povo brasileiro para ele poder viver mais dignamente", concluiu.

 

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