O relator da reforma tributária na Câmara, deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), declarou nesta terça-feira (4/7) que não vai entrar na briga entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas discussões pela reforma. A declaração foi dada poucas horas depois de Bolsonaro criticar a medida.
"Essa não é uma reforma de partido político. Essa não é uma reforma de direita, de esquerda, nem de centro. Essa é uma reforma do Brasil. Eu não vou entrar em briga de Bolsonaro com Lula, nem com ninguém", declarou o parlamentar em discurso durante encontro da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). "A gente está pensando nos municípios, nos estados e na economia do nosso país", acrescentou.
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A fala ocorreu em resposta a declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro, mais cedo. Em nota divulgada nas suas redes sociais, Bolsonaro classificou a proposta como "reforma tributária do PT" e disse que a bancada de seu partido, o PL, na Câmara, votará completamente contra a medida. Ao todo, são 99 deputados. Apesar de tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, o ex-presidente já declarou que pretende atuar como um cabo eleitoral da legenda.
Proposta nasceu no Parlamento
"Não vamos permitir que [a reforma] se contamine com a política radical. Não temos interesse nela. Temos que pensar em nosso país. Não estou aqui defendendo A ou B, essa é uma proposta que nasceu no Parlamento e que está sendo construída com os municípios e com os Estados, e se discutindo com a União. É uma proposta de interesse do país", enfatizou ainda Aguinaldo Ribeiro.
A Câmara dos Deputados faz, nesta semana, um esforço concentrado para aprovar pautas prioritárias para o governo, sendo elas a reforma tributária, o Projeto de Lei (PL) que trata do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e o novo arcabouço fiscal. A expectativa é que a reforma seja aprovada na Câmara antes do recesso parlamentar, previsto para 18 de julho.
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