Em audiência na CPI das ONGs, que investiga a liberação, pelo Governo Federal, de recursos públicos para ONGs, e OSCIPs, o conselheiro da área de prestação ambiental "Triunfo do Xingu", no Pará, Marcelo Norkey Duarte Pereira, comparou a política ambiental das entidades a uma “câmara de gás verde”.
“Ali é como se fosse uma câmara de gás verde. Essas pessoas aí foram arrebatadas por essa política ambiental da caixa vazia”, explica o conselheiro. Segundo ele, é como se esperassem uma grande benfeitoria, mas o que vem dentro é uma “caixa vazia”. “A floresta é um fomentador da pobreza e da miséria. Essa é a realidade da terra do meio. O IDH é muito baixo no Amapá, por exemplo. E é um dos estados que mais tem floresta. Dizer que a bioeconomia vai trazer resultados socioeconômicos ambientais e sustentáveis, isso é utopia”, argumentou.
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O colegiado, presidido pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), investiga também a utilização de recursos recebidos do exterior, a partir do ano de 2002 até a data de 1º de janeiro de 2023. Segundo o depoimento de Norkey, as entidades tiram proveito da verba destinada pelo Executivo, enquanto a população passa por dificuldades.
“As ONGs têm emprego garantido. A gente não tem. Eles passaram a ser empregadores e se proliferam”, denunciou. Ao ser questionado sobre os nomes dessas entidades, Norkey evitou falar pois tem medo de perseguição. “É usar a máquina estatal para perseguir quem fala diferente”, disse.
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