Jair Bolsonaro (PL) não pretende apadrinhar um possível sucessor político, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o declarar inelegível por oito anos. No entanto, a disputa para quem herdará o apoio do ex-presidente deverá ser grande. “Não é justo, eu estou na UTI ainda, não morri ainda, alguém já querer dividir o meu espólio”, afirmou ele, nesta segunda (3/7) em entrevista à Jovem Pam.
A decisão do TSE, motivada por ação movida pelo PDT, foi embasada no entendimento dos ministros de que houve abuso de poder, como campanha eleitoral antecipada, de uma reunião com embaixadores em que Bolsonaro colocou dúvidas sobre a segurança do sistema eleitoral, sem provas. Na ocasião, o encontro foi televisionado pela TV Brasil.
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O ex-presidente disse que não queria "dar conselho" ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e alertou os possíveis presidenciáveis. "Eu não vou dar conselho para o Zema, mas quem queimar a largada agora vai levar tiro de bazuca no lombo, então vai com calma. Tem tempo ainda, 2026 passa por 2024".
Bolsonaro declarou que a "tendência" é apoiar a reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em 2024. No entanto, para o ex-presidente, o ideal seria um candidato próprio do PL. "O pior que pode acontecer em São Paulo é esse invasor de domicílio ser eleito", disse ele, em referência ao deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), um dos principais nomes da esquerda para a prefeitura da capital paulista. “Se tivermos um candidato nosso, com chance de ganhar, nós vamos com ele. Até o momento, não apareceu, com todo respeito ao Ricardo Salles."
Reunião
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, convocou uma reunião geral do partido, na sede em Brasília, naquinta-feira (6/7), que deverá reunir governadores, senadores, deputados federais e estaduais, bem como os presidentes regionais da sigla. O encontro do partido vem após o TSE declarar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, o mantendo fora das próximas eleições.
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