Ministros aposentados homenageiam Sepúlveda Pertence em velório

Corpo de Sepúlveda Pertence foi velado no Salão Branco da Suprema Corte, nesta segunda-feira (3/7), e recebeu homenagens de ministros aposentados do STF e outras autoridades

Victor Correia

postado em 03/07/2023 15:38 / atualizado em 03/07/2023 15:41

Marco Aurélio Mello relembrou que conviveu com Pertence no ofício de juiz de 1990 a 2007 - (crédito: VICTOR CORREIA)

Ministros aposentados do Supremo Tribunal Federal (STF) compareceram, nesta segunda-feira (3/7), ao Salão Branco da Corte para prestar homenagem ao ex-ministro Sepúlveda Pertence. Outras autoridades também estiveram presentes, como ministros da Corte, parlamentares e ministros do governo, além de familiares e amigos.

"Pertence era um homem de ideias firmes, de posições. Mas ele era, sobretudo, um homem de Direito. Pertence, na verdade, era uma unanimidade. Porque? Era um homem que respeitava as posições, que tinha por primeiro o Direito, a realização da Justiça. Temperando, sempre, a Justiça com a bondade. De modo que essa multidão está aqui neste momento se despedindo", declarou o ministro aposentado Carlos Velloso a jornalistas.

• Corpo do ex-ministro Sepúlveda Pertence é velado na sede do Supremo
• "Foi o maior de todos", diz Toffoli sobre Sepúlveda Pertence
• "É um exemplo para todos nós", diz filho de Sepúlveda Pertence

Ayres Britto, que também integrou a Suprema Corte, lamentou a morte e disse ser um momento triste para o país. "Um ministro histórico. Um homem de um coração que não cabia em nenhuma parte do mundo. Um talento e uma cultura também que não cabem nos quatro pontos cardeais do planeta. Além de tudo, um democrata convicto. Um dos maiores teóricos do Instituto do habeas-corpus. Trabalhei com ele por quase dez anos, e só fiz aprender com ele", disse.

Já o ministro aposentado Marco Aurélio Mello, que deixou a Corte em 2021, relembrou que conviveu com Pertence no ofício de juiz de 1990 a 2007. "Fosse eu acusado e pudesse escolher o juiz para me julgar, eu o escolheria. Porque ele sempre foi, como eu falei, independente, sensível e douto. O desejável, em termos de julgamento", enfatizou.