BOLSONARO INELEGÍVEL

Mourão defende Bolsonaro e critica TSE: 'Cassar a vontade popular'

Senador utilizou rede social para comparar decisão de hoje com cassação do ex-deputado federal Deltan Dallagnol

O ex-vice-presidente da República e senador Hamilton Mourão (Republicanos/RS) lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que confirmou a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2030, por abuso de poder em reunião com embaixadores em julho do ano passado.

Mourão comparou a decisão de hoje com outra proferida pelo TSE, no mês passado, que cassou o mandato do então deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Utilizando a expressão latina “Oh, Tempora, Oh, Mores”, o senador afirmou que ambas as decisões reforçariam a ideia que a justiça eleitoral brasileira seria notável por “cassar a vontade popular”.

“Assim, a justiça eleitoral do Brasil se notabiliza por cassar a vontade popular, como fez com Deltan Dallagnol, agora faz com Jair Bolsonaro. “Oh, Tempora, Oh Mores”…”, disse o ex-presidente e senador, em sua conta no Twitter.

Antigos embates

O senador ficou marcado por travar embates e ter discordâncias com o antigo chefe do Executivo durante o período em que assumiu a vice-presidência. Em entrevista para um site de notícias, ele afirmou que a última vez em que conversou com Bolsonaro foi no fim de 2022, por mensagens de texto.

Na mesma entrevista, Mourão também disse que há a possibilidade de o ex-presidente ser preso, embora, segundo ele, seria uma situação improvável. “É possível Bolsonaro ser preso. Ele responde a tantos inquéritos, que pode também se tornar inelegível. Isso é possível, mas não acho provável”, disse o ex-vice.

*Estagiário sob a supervisão de Mariana Niederauer

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