A entrada da Venezuela no Mercosul não será discutida na próxima cúpula do bloco econômico, que ocorre em Puerto Iguazú, na Argentina, na terça-feira (4/7). O país estava em processo de adesão ao bloco, que foi suspenso por entendimento de que a nação não estava fazendo esforços para restaurar a ordem democrática, um critério estipulado pelo Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático do bloco, aprovado em 1998 e em vigência desde 2002.
A embaixadora Gisele Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, informou nesta quinta-feira (29/6), durante coletiva de imprensa, que é de interesse do Brasil que a Venezuela retorne ao bloco, mas que o item não fará parte da pauta da próxima cúpula.
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Segundo a diplomata cabe a Venezuela cumprir as exigências de ingresso para que o Mercosul possa reavaliar uma nova solicitação de ingresso. “Nós estamos retomando um diálogo interrompido há vários anos com a Venezuela, mas na agenda desta cúpula não está prevista qualquer discussão” disse a diplomata.
A partir do encontro desta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume o comando temporário do Mercosul, em mandato com seis meses de duração. Gisele Padovan reforçou a importância do Mercosul como uma ferramenta de integração regional e pontuou que o governo do presidente Lula tem como objetivo de política externa a renovação das medidas para integrar a América do Sul, tornando a região integrada em diversos campos, como energia, transportes e na segurança regional.