Congresso

CPI das ONGs: governadores e prefeitos da Amazônia terão que prestar informações

Colegiado quer esclarecimentos sobre contratos e parcerias com a sociedade civil no período de 2002 a 2023

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações de organizações não governamentais (ONGs) na Amazônia aprovou, nesta terça-feira (27/6), requerimentos que obrigam governadores do Norte e Nordeste a prestarem informações sobre contratos e parcerias com a sociedade civil entre os anos de 2002 e 2023.

Solicitado pelo relator, Márcio Bittar (União-AC), os pedidos se assemelham aos requerimentos aprovados na última terça (20/6), que pediam esclarecimentos a órgãos como Tribunal de Contas da União (TCU), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Controladoria-Geral da União (CGU).

O colegiado aprovou, ainda, a realização de audiências públicas em Altamira e Santarém, ambas cidades no Pará. “São duas cidades emblemáticas pela força das ONGs, são as que mais esse setor se movimenta. Seria necessário a gente ouvir as pessoas e outras organizações que tenham sido prejudicadas frontalmente pelas ações de ONGs", declarou o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), autor do pedido.

Foi aprovado, ainda, um pedido de Mecias de Jesus (Republicanos-RR) para uma audiência pública com o lider Yanomami, Davi Kopenawa, para falar da atuação de ONGs em Roraima. O líder Aurélio Tenharim também foi convidado a comparecer à CPI, pelo presidente do colegiado, Plínio Valério (PSDB-AM). “O objetivo da comissão não é demonizar as ONGs, mas separar o joio do trigo”, defendeu ele.

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