A defesa do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime informou ao Correio que o militar vai comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Naime foi convocado para comparecer nesta segunda-feira (26/6). De acordo com o advogado Gustavo Mascarenhas, foi o próprio ex-comandante que decidiu ir e responder as perguntas do parlamentares.
No domingo (25/6), a defesa do coronel chegou a entrar com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele não fosse obrigado a comparecer. Entretanto, o pedido foi negado pelo ministro Alexandre Moraes — que concedeu o direito dele permanecer em silêncio na sessão e a garantia de não autoincriminação.
A decisão do magistrado também estabelece que Naime seja "assistido por advogados durante sua oitiva, podendo comunicar-se com os eles, observados os termos regimentais e a condução dos trabalhos pelo Presidente da CPMI". O atestado médico apresentado pela defesa diz que o militar sofre de ansiedade, depressão e transtorno de adaptação. O documento, assinado por um psiquiatra particular, será analisado pela junta médica do Senado, segundo informações da CNN.
Naime está preso desde 7 de setembro, após ser alvo da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal. No âmbito da CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), o coronel é alvo de uma ofensiva para ser ouvido novamente. Uma nova data para a oitiva do ex-comandante do Departamento de Operações (DOP) deve ocorrer após o recesso parlamentar dos distritais.