CPMI do 8/1

Polícia ainda investiga financiadores de bomba no Aeroporto de Brasília

A CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro ouve nesta quinta-feira (22/6) peritos e policiais que investigaram a tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques de 8 de janeiro, o diretor do Departamento de Combate à Corrupção (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Leonardo de Castro, explicou nesta quinta-feira (22/6) que a polícia ainda investiga possíveis financiadores e planejadores da tentativa de atentado a bomba ao Aeroporto de Brasília, na véspera do Natal no ano passado.

Questionado pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MG), sobre possíveis financiadores do atentado planejado, o delegado esclareceu que há um segundo inquérito em andamento, além do que prendeu os primeiros envolvidos no ato, já encerrado.

"Isso está sendo investigado em outro inquérito, que ainda está ainda em tramitação e está em sigilo. Existem diligências em andamento, fizemos uma primeira operação de busca e apreensão no Pará", respondeu Leonardo. "Não posso dar maiores detalhes porque esse inquérito está em sigilo judicial", acrescentou.

Outros suspeitos

Segundo o delegado, o depoimento de George Washington de Oliveira, que confessou ter plantado a bomba no caminhão-tanque, aponta para a participação de outras pessoas no planejamento e financiamento do ataque. Os explosivos usados teriam sido transportados do Pará, e seriam destinados originalmente à quebra de rochas.

"Ele cita uma mulher e mais alguns indivíduos, que realizaram reuniões para tratar do atentado. O objetivo desse inquérito é chegar nessas outras pessoas", disse o delegado. Questionado pela relatora, Leonardo frisou que, até o momento, não há militares investigados pelo ato.

A CPMI também ouve dois peritos que atuaram no caso: Valdir Pires Dantas Filho e Renato Martins Carrijo. Segundo eles, o artefato explosivo chegou a ser acionado, mas o sistema de ignição era insuficiente para detonar a carga. Ainda de acordo com os peritos, caso a explosão ocorresse, o artefato provavelmente não conseguiria perfurar o caminhão-tanque. Havia uma chance, porém, de causar um incêndio ou mesmo uma explosão do combustível armazenado.

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