O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, fez um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o inquérito da Polícia Federal que investiga alguns aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e remeter o caso à Corte. As informações são do colunista Aguirre Talento, do UOL.
O motivo do pedido seriam as suspeitas de envolvimento do deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos-DF). Por isso, o processo, que tramita na primeira instância da Justiça Federal de Alagoas, deveria ser de responsabilidade do STF, na avaliação de Aras.
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O procurador tomou conhecimento dos fatos após a PGR ter sido acionada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, descobrindo também que os relatórios de diligência sobre o deputado já estavam nos autos do processo desde fevereiro. Portanto, protocolou pedido na terça-feira (13/6).
Na quinta-feira, o ministro relator do pedido no STF, Luís Roberto Barroso, deu um prazo de 48 horas para a 2ª Vara Federal de Maceió, a responsável pelo caso na primeira instância, para prestar esclarecimentos. A decisão do ministro será tomada após a resposta.
Operação contra aliados de Lira
A Operação Hefesto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, investiga a formação de organização criminosa que desviou recursos do Fundo Nacional da Educação (FNDE), por meio de prefeituras de Alagoas, na compra de kits de robótica para escolas dos municípios envolvidos no esquema.
A operação, deflagrada em 1º de junho, foi aberta após reportagem da Folha de S.Paulo e detectou entregas de dinheiro vivo a Luciano Cavalcante, ex-assessor de Arthur Lira, e a outros suspeitos.