Viagem presidencial

Lula cancela ida a Rio Verde (GO) por causa do mau tempo

Presidente deveria pousar na cidade nesta manhã (16/6), mas o mau tempo prejudicaria a aterrissagem. A aeronave aguardou por 1h20 com Lula embarcado. Inauguração de terminal ferroviário será remarcada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou a agenda da manhã desta sexta-feira (16/6) na cidade de Rio Verde, no interior de Goiás, devido ao mau tempo no destino. A aeronave presidencial aguardou com Lula embarcado por cerca de 1h20 na Base Aérea de Brasília, mas não houve melhora na condição climática para o pouso.

Na agenda, Lula se encontraria com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e com o prefeito de Rio Verde, onde faria a inauguração de um terminal da Ferrovia Norte-Sul, que liga o Maranhão a São Paulo.

Segundo o Planalto, as autoridades locais foram informadas e a agenda será remarcada, o que não deve alterar a viagem prevista para a tarde desta sexta-feira a Belém no Pará. No sábado (17/06), Lula participará em Belém de uma cerimônia de confirmação da escolha da cidade como sede da 30ª Conferência do Clima (COP 30) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ferrovia

A inauguração do terminal ferroviário em Rio Verde da concessionária da Ferrovia Norte-Sul deve ser um importante estímulo ao agronegócio no Centro-Oeste.

A ferrovia considerada a espinha dorsal do sistema brasileiro de transporte sobre trilhos conecta os portos de Itaqui, no Maranhão, ao de Santos, em São Paulo, e foi iniciada na segunda metade da década de 1980. Com 2.257 quilômetros de extensão, a ferrovia atravessa quatro regiões do país e liga dois importantes portos.

Em nota, o governo federal comemorou a inauguração do terminal, que marca a conclusão de uma obra aguardada há quase quatro décadas.

"A conclusão permite que três estados com forte produção de commodities – como soja, milho e algodão – tenham saída para seus produtos pelo mar. Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais ganham competitividade no momento de exportar seus produtos, seja pelo litoral da Região Sudeste ou pelo Norte do país. Como resultado prático, desenvolvimento e geração de emprego para todo o novo corredor logístico", disse a nota.

A obra da ferrovia iniciada em 1986 teve diversas polêmicas e denúncias de desvios de recursos públicos, e só tomou impulso em 2007, quando integrou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no segundo mandato de Lula. Desde a época, novas denúncias de fraudes em licitações vieram à público.

O trecho da ferrovia entre Açailândia, no Maranhão, até Porto Nacional, no Tocantins, foi concedido para operação pela VLI Logística. Já o trecho entre Porto Nacional e Estrela D'Oeste, em São Paulo, foi concedido para a empresa Rumo. O trecho final, até o porto de Santos, se conecta com a malha ferroviária estadual de São Paulo.

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