O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu aos auxiliares, durante reunião ministerial desta quinta-feira (15/6), que o programa federal de estímulo à venda de carros zero quilômetro deve ser prorrogado. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, a fala de Lula ocorreu após a apresentação dos números positivos do programa até agora.
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A medida limitada em 500 milhões para o apoio do setor, era prevista para se esgotar em até 120 dias, mas em função da alta procura das montadoras, o benefício deve estar esgotado em apenas 30 dias. Interlocutores que participaram da reunião ministerial dizem que Lula direcionou esse pedido ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin — mesmo com a posição contrária do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Lula teria feito o pedido exatamente quando Haddad falava sobre o sucesso na adesão ao programa que possibilita descontos fiscais em veículos de até 120 mil reais. Apesar do sucesso, a Fazenda tem se posicionado de forma contrária ao desejo de Lula por não ver folga fiscal para o governo ampliar os subsídios do programa.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, em evento em Brasília nesta quarta-feira (14/06), comemorou o sucesso da adesão ao programa. Ele disse que estaria acontecendo uma “corrida às concessionárias”, mas ponderou que não haveria nenhuma discussão para ampliar o programa para além dos valores já liberados. Já a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) defendeu como oportuno que o governo ampliasse o volume de recursos para o programa.
Após a reunião ministerial, durante a coletiva de imprensa realizada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, quando questionado sobre o tema, disse que o presidente teria feito apenas uma "brincadeira" e desmentiu que a ampliação do programa esteja no planejamento do governo.