O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ligou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para informar sobre a operação de busca e apreensão contra o senador Marcos do Val. O parlamentar foi alvo de ações da corporação em Brasília e Vitória, nesta quinta-feira (15).
Ao ser informado que a Polícia Federal estava nas dependências da casa legislativa, Pacheco determinou que a Polícia do Senado acompanhasse as ações de busca. A Advocacia do Senado também foi enviada para avaliar a realização das diligências.
A Polícia Federal chegou ao prédio do Senado Federal por volta das 15h para realizar buscas no gabinete de Marcos do Val. No local, os agentes apreenderam documentos, um pendrive e um telefone celular do senador que estava na sala. As buscas terminaram por volta das 17h40, quando os agentes deixaram o prédio do Senado.
Ao término das buscas, o primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) foi questionado por jornalistas sobre mais detalhes, mas afirmou ainda não ter conhecimento sobre o caso.
“Eu queria me fazer presente a lhes falar, mas não tenho conhecimento a não ser daquilo que vocês próprios trouxeram. Não devo e não posso, seria de minha parte leviano fazer qualquer consideração”, disse na saída do Anexo 1 do Senado Federal.
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Na Asa Sul de Brasília, onde fica o apartamento de Marcos do Val, duas viaturas chegaram no começo da tarde. Dois delegados foram até o imóvel e recolheram documentos e aparelhos eletrônicos que podem armazenar arquivos importantes para o avanço das investigações. Eles saíram do prédio após às 18 horas, carregando dois malotes.
O parlamentar é acusado de envolvimento com atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele está sendo investigado pela Divisão de Combate ao Crime Organizado da PF (Dicor). O grupo de elite é formado por delegados altamente especializados em crimes de colarinho branco. As diligências apontam suspeitas de que o parlamentar tenha atuado para obstruir as investigações sobre os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O congressista estaria tentando atrapalhar o andamento das apurações contra extremistas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo e o Congresso Nacional.
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