Durante entrevista para várias rádios de Goiás nesta quinta-feira (15/6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a relação do agronegócio com o governo. Segundo o chefe do Executivo, as divergências estre eles não são questões econômicas e sim ideológicas.
O agronegócio era muito importante na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e também após uma grande adesão no Congresso da chamada bancada ruralista, que conta com cerca de 300 deputados.
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Segundo Lula, o trabalho dele no Planalto não consiste em agradar um ou outro setor, e sim criar condições melhores para o trabalho de milhões de brasileiros, dentre eles o agronegócio.
"Eu tenho noção do que nós fizemos (para o agronegócio) e tenho noção que o problema deles conosco é ideológico, não é problema de dinheiro a mais no Plano Safra. Nós vamos fazer um bom Plano Safra porque nós queremos que a agricultura brasileira produzindo, continue ganhando cada vez mais para a gente continuar exportando cada vez mais", afirmou durante a entrevista.
O presidente também desafiou trabalhadores da área a apontar algum momento em que o agronegócio recebeu mais recursos do que durante os governos do PT.
"Eu não quero saber se produtor rural gosta de mim ou não. Não é isso o que está em jogo. O que está em jogo é a gente recuperar a capacidade produtiva desse país e aumentar a capacidade produtiva desse país, sem desmatamento e sem queimada na Amazônia", destacou também.
Ao final, ele frisou que não está preocupado com o que pensam dele. "Estou preocupado que se as pessoas forem honestas consigo mesmas têm que dizer em alto e bom som: nunca antes na história desse país a agricultura foi tão bem tratada como no governo Lula", disse.
Durante a entrevista, o presidente também respondeu perguntas envolvendo questões de Goiás e comentou sobre a demorada na inauguração ferrovia Norte-Sul. O presidente viaja nesta sexta-feira (16/6) para o estado para inaugurar um trecho da ferrovia Norte-Sul, na região de Rio Verde (GO).
"Na verdade demorou porque nós temos muitos empecilhos para fazer uma ferrovia dessa magnitude com a questão de licenciamento, com a questão das licitações", pontuou o presidente. "No meu governo e no governo da Dilma, fizemos 90% da ferrovia Norte-Sul. Se dependesse dos nossos governos, ela já teria sido inaugurada há muito tempo", garantiu.