8 de janeiro

Atos golpistas: Moraes diz julgar ‘casos mais graves’ em seis meses

Atualmente, 253 pessoas estão presas por suposta participação nos atos antidemocráticos que resultaram na depredação dos edifícios do Congresso, Palácio do Planalto e Suprema Corte

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (13/6), que pretende julgar em até seis meses 250 réus que estão presos por suspeita de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo o magistrado, esse conjunto envolve a investigação dos crimes considerados mais graves no episódio, que resultou na destruição dos prédios dos três Poderes.

A declaração foi dada em evento promovido pela revista Piauí e pelo YouTube. O ministro não detalhou como será a fase em que serão produzidas provas e colhidos depoimentos, mas apontou que concentrará as ações junto aos seus juízes auxiliares.

“Não vou dizer que em seis meses estarão todos os projetos acabados. Não conseguimos terminar o finalzinho do recebimento da denúncia porque alguns foram trocando de advogados. Sempre há alguns problemas. Pelo menos aproximadamente 250 [ações penais], que são dos crimes mais graves e dos que estão presos, eu vou encerrar. O Supremo vai encerrar”, ressaltou Moraes.

Atualmente, 253 pessoas estão presas por suposta participação nos atos antidemocráticos, sendo 186 homens e 67 mulheres. Ao todo, 1.390 foram denunciados e 1.246 deste total se tornaram réus no STF. Para esses casos mais graves, Alexandre de Moraes também destacou que definiu com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a análise das ações penais ocorra em blocos de 30 investigados.

PGR apresentou denúncias

As primeiras denúncias contra os golpistas foram apresentadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos. A manifestação da PGR é pela condenação dos réus por crimes, como associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado, como emprego de violência, uso de material inflamável e deterioração do patrimônio tombado.

A maior parte dos julgados responde em liberdade pelos crimes, mas, se condenados, podem ser presos novamente. O Supremo afirmou que os casos estão sendo analisados individualmente. Porém, devido à quantidade de pessoas, o voto do ministro relator segue o mesmo padrão em todas as ações.

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