Guerra na Ucrânia

Em encontro com Von der Leyen, Lula condena uso de armas na Ucrânia

Presidente Lula voltou a defender a saída diplomática para o conflito e ouviu da presidente da Comissão Europeia que o Brasil poderá ter papel relevante nas negociações

A guerra na Ucrânia foi um dos temas tratados no encontro bilateral entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta segunda-feira (12/6). Ambas as lideranças reforçaram a importância dos esforços para o fim do conflito com a Rússia.

"Precisamos de mais diplomacia e menos intervenções armadas na Ucrânia, na Palestina, no Iêmen. O horrores da guerra e o sofrimento que ela provoca não podem ser tratados de forma seletiva. Os princípios basilares do Direito Internacional valem pra todos", disse o petista.

Von der Leyen destacou o papel relevante que o Brasil assumirá nas negociações de paz, uma vez que presidirá o G20 — o grupo das 20 maiores economias do mundo — a partir de dezembro deste ano.

"O impacto dessa guerra vai muito além das fronteiras da Ucrânia. Afeta a segurança alimentar e as questões energéticas. O Brasil também sentiu dificuldades de obter fertilizantes com o custos crescentes", declarou, ao destacar ainda a "amaça grave aos princípios do direito internacional, à soberania, que esta consagrada na carta das Nações Unidas e à integridade territorial de cada país".

Pela paz

Enquanto a União Europeia se declara frontalmente contra a Rússia no conflito, o Brasil se coloca como neutro e tenta formar um grupo de países amigos para negociar a paz. "Lembrei à presidente Von der Leyen que o Brasil votou a favor de resoluções na ONU que condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia. Reiterei nosso empenho em busca da paz, evitando a escalada da guerra e do uso da força e seus riscos incalculáveis", enfatizou o presidente brasileiro.

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