SÃO PAULO

Marcha para Jesus: Lula recusa convite e Bolsonaro prefere praia paulista

Lula decide não ir ao encontro dos evangélicos e passa o feriado na base naval de Aratu. Bolsonaro compareceu ao evento em todos os anos do mandato presidencial (exceto na pandemia), mas preferiu o litoral em 2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceram à Marcha para Jesus, que ocorre em São Paulo nesta quinta-feira (8/6). Ambos decidiram aproveitar o feriado de Corpus Christi nos litorais do país. Lula chegou a ser convidado por evangélicos, mas recusou o convite e enviou a deputada federal Benedita da Silva (PT) e o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, como representantes.

O petista está hospedado na base naval de Aratu, na península do Paripe, em Salvador, onde deve ficar até domingo (11/6). Já Bolsonaro, que compareceu ao evento em todos os anos do mandato presidencial — exceto em 2020 e 2021, quando a tradicional marcha foi suspensa por conta da pandemia —, não esteve com o grupo que fortaleceu o governo dele quando presidente. O ex-chefe do Executivo passa o feriado em Maresias, no litoral norte de São Paulo, junto ao assessor e ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fábio Wajngarten.

Marcha para Jesus de São Paulo é a maior do país e alvo de políticos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o senador Marcos Pontes (PL-SP) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça devem participar da Marcha para Jesus. O evento faz parte do calendário oficial do país desde setembro de 2009, quando a Lei Federal 12.025 foi sancionada.

A marcha, que reúne várias igrejas evangélicas, conta com 20 apresentações de representantes da música gospel. Nomes como Fernanda Brum, Bruna Karla e Thales Roberto estão confirmados. Organizada desde 1993 pelo apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, a marcha costuma reunir políticos conservadores. Especialistas afirmam que Lula poderia ser mal recebido se fosse ao evento. "Se ele (Lula) aparecesse, provavelmente ia encontrar um ambiente hostil", disse Vinicius do Valle, do Observatório Evangélico.

Com informações da Agência Estado*

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