Em alusão ao Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, celebrado nesta quarta-feira (7/6), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, prestou uma homenagem aos profissionais que levam a informação ao país. Na ocasião, a ministra também repudiou toda e qualquer violência contra os jornalistas brasileiros.
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Weber ressaltou que "o jornalismo independente, livre e profissional é o maior e o melhor aliado no combate à desinformação, ao discurso de ódio e à intolerância".
“Nada obstante, como já tive a oportunidade de afirmar, a liberdade de expressão não abriga agressões ou manifestações que incitem ódio e violência, inclusive moral, e, portanto, neste Dia Nacional da Liberdade de Imprensa também é imperioso lembrar — e rechaçar com rigor — os atos de violência cometidos contra jornalistas brasileiros”, acrescentou.
De acordo o relatório Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), foram registrados 376 casos de agressões contra profissionais de imprensa no ano passado. Em 2021, 430 jornalistas sofreram algum tipo de violência. O levantamento mostra um aumento de 200% no impedimento ao trabalho jornalístico no Brasil em 2022.
"A formação da opinião pública em uma democracia caracteriza-se pela pluralidade de canais comunicativos, pela liberdade de expressão dos diferentes segmentos da sociedade, pelo diálogo entre opiniões diversas e divergentes. A liberdade de imprensa, portanto, é intrinsecamente luminosa à democracia, a revelar os valores da transparência e da verdade", ressaltou a presidente do STF.
As ameaças, hostilizações e intimidações, segundo a Fenaj, cresceram 133,33% no ano passado. Já as agressões físicas aos jornalistas passaram de 26, em 2021, para 49 no ano passado. "Os desafios, como se vê, permanecem, e nos invocam a defender continuamente o valor da liberdade de imprensa e a integridade daqueles cujo ofício é levar informação para o pleno exercício da cidadania", afirmou Rosa Weber.