Aprovado o plano de trabalho para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os atos golpistas do 8 de janeiro em Brasília, o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA), afirmou que irá pedir uma audiência com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Na pauta estarão os sigilos do corrente processo que corre no âmbito da Polícia Federal (PF) e do STF.
“O ministro está realizando um inquérito e, por motivos que naturalmente ele tem, manteve em sigilo de justiça alguns desses inquéritos. Obviamente que ele tem esses motivos e eu quero, antes de simplesmente solicitar dele a divulgação de algo que é sigiloso, eu pretendo ouvi-lo, conversar com ele”, justificou Maia. Dezenas de requerimentos foram protocolados na CPMI com pedidos relacionados à quebra de sigilo, por isso a preocupação do deputado.
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Maia ressaltou ainda que as investigações não são “adversárias”. “A investigação que está sendo realizada no âmbito da CPMI e a investigação que está sendo realizada no âmbito do Supremo Tribunal Federal não são inimigas, nem adversárias. Podem, com toda certeza, se complementar, uma ajudar a outra, para que a gente possa calcar justamente aquilo que nos interessa. A verdade, encontrar a verdade”, concluiu.
Foi votado no início da tarde desta terça-feira (6/6) o plano de trabalho apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA) com placar de 18 a 12 votos. Os trabalhos terão duração de 180 dias. Duas reuniões já estão agendadas para a próxima semana, nos dias 13 e 15 de junho, às 9h. Ambas serão destinadas à votação dos requerimentos protocolados pelos parlamentares, que já passam de 800.