A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de indicar seu advogado, Cristiano Zanin, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a saída do ministro Ricardo Lewandowski, confirmada nesta quinta-feira (1/6), foi alvo de críticas de comentaristas políticos. Daniel Souza, da GloboNews, ressaltou que o petista quebrou o princípio da impessoalidade.
“Nós retrocedemos muitas casas durante o governo Bolsonaro em função de algumas indicações realizadas, pelos critérios utilizados. Lula foi eleito para reconstruir a república, essa decisão (Zanin no STF) não contribui. Existe um princípio constitucional que é o princípio da impessoalidade, que parece não ser observado nessa escolha”, disse Daniel.
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A indicação de Zanin também foi criticada pelo jornalista André Trigueiro, que ressaltou a falta de representatividade no STF. “Em um país de maioria de mulheres e de negros, faltava uma mulher negra no Supremo. Esse é um gol que o Lula não marcou hoje”, afirmou.
Zanin ficou conhecido por ter sucesso na defesa de Lula durante os processos da Operação Lava-Jato. Agora, seu nome deve ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e depois precisa ser aprovado em plenário pelo mínimo de 41 senadores.