O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), passou mais de quatro horas prestando depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta sexta-feira (30/6). Marcado para às 15h, o militar chegou antes do horário e só deixou o prédio após às 19h.
Na saída, o advogado do militar, Bernardo Fenelon, especialista em delação premiada, disse aos jornalistas na porta da PF que a "a defesa técnica só vai se manifestar nos autos". Logo após assumir a defesa de Cid, o advogado rompeu contato com a defesa do ex-presidente, gerando críticas entre bolsonaristas, que buscaram descrever o profissional como inexperiente para um caso desse porte.
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Esta foi a sexta vez que Cid prestou depoimento às autoridades. A expectativa é que desta vez ele explicasse origem da minuta do golpe descoberta nos arquivos do celular dele, apreendido depois da prisão. A especulação é que o militar tenha falado com os policiais desta vez. Informações indicam que a iniciativa para esta oitava partiu da defesa, que em todas os cinco depoimentos anteriores optou pelo silêncio alegando não ter tido acesso aos autos dos inquéritos.
Cid é investigado em 3 inquéritos diferentes: sobre as joias sauditas; a minuta golpista, que faz parte das apurações do 8 de janeiro, e da fraude nos cartões de vacina dele, da esposa e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — o que motivou a prisão do militar.
Detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, em Brasília, o militar teve até o momento negado todos os pedidos de liberdade provisória. Mauro Cid foi levado para o depoimento em um comboio com dois veículos discretos do Exército Brasileiro, com militares fardados conduzindo.
Mauro Cid deve prestar depoimento, na próxima terça-feira (4/7), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.
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