Julgamento

Parlamentares repercutem decisão do TSE que torna Bolsonaro inelegível

Deputados e senadores da base governista comemoram voto da ministra Cármen Lúcia que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível nesta sexta-feira

Taísa Medeiros
postado em 30/06/2023 13:17 / atualizado em 30/06/2023 15:31
 (crédito: Reprodução / TV Brasil)
(crédito: Reprodução / TV Brasil)

Formada a maioria para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, deputados e senadores da base governista comemoraram em suas redes sociais a decisão. A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou, nesta sexta-feira (30/6), pela inegibilidade. A decisão ocorre em uma ação de investigação eleitoral (Aije) aberta para apurar uma reunião realizada por Bolsonaro em julho do ano passado com a presença de embaixadores, em Brasília.

O líder do governo Lula na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), avalia que “a justiça está cumprindo o seu papel da garantia constitucional”. “Com o voto da Ministra do TSE, Cármen Lúcia, está formada maioria para condenar Bolsonaro à inelegibilidade por 8 anos. O Brasil comemora, pois a justiça está cumprindo o seu papel da garantia constitucional. Ninguém está acima da lei!”, escreveu.

O líder do PSol, Guilherme Boulos (SP) chama Bolsonaro de “miliciano vagabuno” e diz que o “Brasil respira”. “URGENTE! TSE acaba de formar maioria para tornar Bolsonaro INELEGÍVEL. Pelo menos 8 anos sem o miliciano vagabundo nas urnas. O Brasil respira!”, publicou em seu Twitter.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), importante aliado do governo no Centrão, também comemorou a notícia, dizendo que não é “pauta política, mas da polícia”. “Bolsonaro fez um passeio completo pelo crime - comum, eleitoral e de responsabilidade - e produziu provas contra si. A maioria do TSE pela inelegibilidade mostra que não é pauta da política, mas da polícia. Só A CPI o indiciou por 9 delitos, inclusive genocídio”, argumentou.

Com a confirmação da decisão, Bolsonaro fica fora das eleições de 2026 e 2030, sendo impedido de disputar qualquer cargo eletivo. O TSE entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político por usar o cargo para obter vantagem eleitoral. A reunião, realizada meses antes das eleições de 2022, foi transmitida pela TV Brasil.

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