O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pregou contra a desigualdade, nesta quinta-feira (29/6), durante discurso no Foro de São Paulo, em Brasília. Durante a fala, o chefe do Executivo disse que "crianças morrem de fome enquanto ricos tentam pagar passagem de submarino".
"Não é possível a gente continuar com a desigualdade na comida, no salário, na educação, na moradia, na desigualdade de gênero, racial. Ou seja, todo dia a gente vê aumentar o número de pobres no planeta, crianças morrem de fome enquanto os ricos tentam pagar passagem de foguete ou submarino para procurar um novo mundo quando o mundo deles é esse", apontou.
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O petista defendeu ainda mudanças em relação aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. "São eles que produzem armas e fazem a guerra sem passar pela decisão do Conselho de Segurança. Estamos numa trincheira. Além de cuidar de nossos países, temos que cuidar de fortalecer o papel dos setores progressistas e democráticos da sociedade desse mundo porque a direita fascista tem crescido em muitos lugares, e lugares que a gente jamais imaginou que ela voltaria a crescer".
Lula destacou também que é preciso rediscutir o discurso da esquerda e refletir sobre os erros. "Muitas vezes, a direita tem mais facilidade do que nós com o discurso fascista. Aqui no Brasil, nós enfrentamos o discurso do costume, da família, do patriotismo. Na Europa, a esquerda perdeu o discurso para a questão da migração".
"Sei o quanto perdemos no nosso continente. Eu sei o quanto foi triste a Argentina ter um presidente de direita há pouco tempo atrás, sei o quanto foi triste a direita chilena, o golpe na Bolívia, o quanto foi triste ter a Dilma 'impichada'. Ao invés de ficarmos lamentando, temos que tirar lições. O que não conseguimos fazer?".
"De vez em quando a gente tem que olhar para dentro de nós e sabermos o que fizemos de errado. porque que aconteceu o impeachment da Dilma? Foi só erro da extrema direita ou nós temos erro enquanto partido político? De vez em quando, a gente tem que pensar, meditar para evitar que novos erros atropelem a caminhada da gente e pela conquista da qualidade de vida do nosso povo".
Por fim, o presidente disse que atua para que o Brasil volte a ter papel de destaque no cenário internacional depois de "seis anos que não era levado a sério em nenhum lugar do mundo".
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