JUSTIÇA ELEITORAL

Bolsonaro sobre possível inelegibilidade: "O jogo ainda não acabou"

Perguntado sobre o que fará caso seja inelegível pelo TSE, Bolsonaro afirmou que será "talvez um bom cabo eleitoral". O placar está em 3 a 1 para condenar o ex-presidente e a sessão será retomada nesta sexta-feira

Ingrid Soares
postado em 29/06/2023 18:56 / atualizado em 29/06/2023 18:58
"Vi o resumo de alguns votos. Um falou que eu interferi no resultado das eleições. Se eu interferi, eu tinha que ter ganho. Qual interferência que eu tive na reunião com embaixadores? Pelo amor de Deus" - (crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta quinta-feira (29/6), sobre o julgamento em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode torná-lo inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele alegou que "o jogo ainda não acabou" e se disse "completamente injustiçado" até agora.

"Vi o resumo de alguns votos. Um falou que eu interferi no resultado das eleições. Se eu interferi, eu tinha que ter ganho. Qual interferência que eu tive na reunião com embaixadores? Pelo amor de Deus. Reunião para falar sobre sistema eleitoral é um crime capital para a política de alguém?", questionou.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, suspendeu, nesta quinta a sessão que será retomada nesta sexta-feira (30/6), às 12h. O placar está em 3 a 1 para condenar o ex-presidente. Faltam votar a ministra Cármen Lúcia e os ministros Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. 

Bolsonaro concedeu as falas no Rio de Janeiro, onde tem residência. Em seguida, seguiu para Belo Horizonte onde vai ao velório de Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura. A previsão é de que na sexta, retorne a Brasília, onde deve acompanhar o fim do julgamento na Corte.

Perguntado sobre o que fará caso seja inelegível pelo TSE, Bolsonaro afirmou que será "talvez um bom cabo eleitoral". "Se eu estiver fora do jogo, vou ser talvez um bom cabo eleitoral. Tem vários bons nomes por aí, mas acredito até o último segundo na isenção e em um julgamento justo e sem revanchismo por parte do TSE", concluiu.

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