Foro de São Paulo começa nesta quinta, em Brasília; Lula estará na abertura

Encontro das esquerdas latino-americanas começa nesta quinta-feira (29/6) na Capital Federal com a presença do presidente Lula e lideranças da esquerda latino-americana

Henrique Lessa

postado em 29/06/2023 14:56 / atualizado em 29/06/2023 14:56

Posição de Lula durante evento é aguardada com expectativa pela oposição - (crédito: Evaristo Sa/AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quinta-feira (29/6) do 26º Encontro do Foro de São Paulo. A organização reúne dirigentes de partidos políticos, movimentos sociais de esquerda na América Latina e foi alvo de críticas pela oposição.

Depois da última edição realizada em 2019, em Caracas na Venezuela, o evento passou três anos sem ocorrer e agora retorna na Capital Federal onde é esperada a participação, além do presidente, de diversos ministros petistas do governo.

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O evento é criticado, em especial, de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a deputada Carla Zambelli (PL-PT), que nas redes sociais disse que protocolou junto ao Ministério Público Federal um pedido para impedir a realização do encontro.

Histórico e contexto do Foro de São Paulo

A organização fundada em 1990 em um encontro na cidade de São Paulo, tem como objetivo criar o diálogo entre organizações e partidos políticos do continente alinhados com uma visão de esquerda. Desde então participaram do evento líderes conhecidos da esquerda como o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, o ditador cubano Fidel Castro, entre outros.

Com delegações da entidade civil e de governos de 23 países da América Latina esperados em Brasília, o evento começa nesta quinta-feira (29/6) e segue até o domingo (2/7) no Hotel San Marco, no Setor Hoteleiro Sul da Capital Federal.

Existe a expectativa de Lula defender, ou não, o regime do ditador Daniel Ortega, da Nicarágua, de orientação de esquerda e que sofre com diversas denúncias de desrespeito aos Direitos Humanos no país centro-americano. Sobre o assunto, na semana passada, durante a assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil endossou uma resolução crítica ao regime de Ortega.