O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerra o primeiro semestre de gestão do Executivo com arestas para aparar sobre a articulação com o Legislativo. As lideranças, e até mesmo o próprio Lula, reconhecem isso. Para aproximar a relação, o presidente propõe reuniões quinzenais com as lideranças da Câmara dos Deputados no Palácio da Alvorada.
“O presidente pediu, na reunião que fez, para que pelo menos semanal ou quinzenalmente ter uma reunião com os líderes lá no Alvorada. Aproximar. O governo tem seus articuladores políticos, que é o ministro Padilha, quem tem a responsabilidade de comandar articulação pública do governo nas duas Casas. Mas é bom o presidente estar próximo dos líderes. É uma mudança muito substantiva o que aconteceu nesse semestre. Nós queremos aprimorar a relação do Executivo com a Câmara”, disse o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE).
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O parlamentar reconhece que houve momentos de tensão na articulação política nos meses que se passaram. Um deles foi a votação da medida provisória que reestrutura a organização administrativa do governo federal, conhecida como MP da Esplanada, aprovada em 31 de maio.
“O maior drama que eu vivi aqui como articulador do governo foi a MP dos Ministérios. Parecia que o teto desse Plenário ia cair na nossa cabeça. Foi grave, houve uma tensão de grandes proporções, e vocês imaginem se a MP não tivesse sido aprovada, o caos que não estaria no governo”, desabafou o líder, que reconhece o esforço de seus pares. “A respeito de uma ou outra matéria, falta de articulação do governo, o governo não vai deixar de votar nada que não tenha sido programado. O esforço dos líderes foi fundamental”, acrescenta.
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