O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, decidiu demitir o presidente interino do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Glauco Wamburg, segundo informa a revista Veja nesta quarta-feira (28/6). Lupi teria tido uma longa reunião na Casa Civil na terça (27/6) para tratar da questão. Alessandro Stefanutto, atual diretor de Orçamento, Finanças e Logística do órgão, deve assumir provisoriamente o posto.
Longas filas para perícia médica, falta de servidores e problemas estruturais, como corte no fornecimento de energia elétrica em algumas agências por falta de pagamento assolam a gestão do INSS. Gastos com passagens e diárias, especialmente para o Rio de Janeiro onde mora Wamburg, também contribuíram para o desgaste.
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A publicação afirma ainda que a demissão do chefe da autarquia será oficializada ainda nesta quarta e há a possibilidade de Wamburg pedir para sair por “motivos pessoais”. A equipe ministerial de Carlos Lupi e o presidente do INSS, no entanto, estariam tendo “divergências internas”.
O Correio procurou o Ministério da Previdência Social para se pronunciar sobre a possível demissão e aguarda resposta da pasta. O jornal também entrou em contato com a comunicação do INSS, onde foi-se informado apenas que existiu uma reunião entre Lupi e Wamburg.
Histórico de problemas
No começo de junho, Wamburg falou ao Correio sobre a dificuldade da instituição em cumprir a meta prometida pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, em controlar a fila de espera pela concessão de benefícios.
"O instituto chegou a um grau de dificuldades com a falta de servidores, e a gente conseguiu um concurso público no governo Bolsonaro. Isso é um marco, conseguimos mil vagas num governo bastante austero à abertura de concurso público. Nós chegamos a uma situação perto do limite da nossa capacidade, e isso, naturalmente, desmotivou os servidores. Uma categoria que não tem aumento há muito tempo e que perdeu seis mil servidores apenas em 2019, com aposentadorias", comentou ele sobre os problemas que afligem o INSS. "A gente viu as agências sendo esvaziadas e um crescimento da visão do INSS como o algoz do processo. Então, rearticular a boa vontade e a motivação desses servidores é o primeiro grande desafio que a gente vem tentando resolver".
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