Política

Pastor Feliciano diz que depoente foi à CPMI como "moeda de troca"

Deputado diz que Lawand foi "moeda de troca" da base governista para que G. Dias também pudesse depor à CPMI do 8 de Janeiro. Para Feliciano, governo monta "um quebra-cabeça" que não se encaixa

Taísa Medeiros
postado em 27/06/2023 16:48
 (crédito: Agência Câmara/Divulgação)
(crédito: Agência Câmara/Divulgação)

O deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP) afirmou ao depoente do dia da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do 8 de janeiro, coronel Jean Lawand Jr., que sua convocação foi moeda de troca com a base governista. A “barganha” teria sido feita para que o general Gonçalves Dias, ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) fosse convocado a comparecer ao colegiado.

“É preciso esclarecer a todo o Brasil que nos assiste que o senhor só está sentado aí nessa cadeira, neste momento, porque o senhor foi uma moeda de troca que o governo, aqui representado pelos seus deputados, exigiram para que nós pudéssemos trazer aqui, de fato, o pivô da CPMI do dia 8 de janeiro, que é o general G. Dias”, denunciou Feliciano. Segundo o deputado, a base governista tenta “montar um quebra-cabeça em que simplesmente as peças não encaixam”.

 

 

Já o deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS) reconhece que Lawand errou em suas mensagens, mas que não cometeu crime algum. “Eu acho que o senhor errou, foi infeliz nas mensagens. Eu já errei na minha vida, já errei no WhatsApp, já tive que apagar mensagem. Faz parte. O senhor não cometeu crime nenhum, não é? E, no meu ponto de vista, o senhor não passa de uma cortina de fumaça que a esquerda está tentando pra fazer uma linha imaginária”, afirmou.

Destaques

Diversos momentos foram destaque no depoimento de Lawand. O coronel afirmou que reconhece o resultado das eleições e confia nas urnas eletrônicas e admitiu ter sido um erro o envio das mensagens — até mesmo pedindo desculpas ao Exército. Lawand ainda relatou não saber o motivo de ter sido chamado a depor na CPMI, alegou não ter contato com ninguém do Alto Comando do Exército e confirmou que tinha uma amizade com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid. Conforme narrou, se conheceram em 2000, quando Lawand foi instrutor de Cid na academia, quando o ex-ajudante de ordens era cadete do último ano. Deputados que partiram em defesa de Lawand afirmaram que as conversas se tratavam de um diálogo entre amigos.

 

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