A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou, nesta terça-feira (27/6), que depoentes poderão ser convocados novamente, “sobretudo se houver contradição”, e destacou como exemplo o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que “claramente mentiu” ao colegiado.
Segundo Eliziane, serão ouvidos diretores adjuntos da corporação e uma acareação, que é quando duas ou mais testemunhas têm depoimentos cruzados.
A relatora ressaltou que o depoente da sessão desta terça, o coronel Jean Lawand Junior, que aparece em uma troca de mensagens de teor golpista com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, mantinha posição estratégica nas Forças Armadas.
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A senadora declarou que serão quebrados os sigilos telefônico, telemático e bancário de Lawand para saber se ele tentou envolver outros militares na trama golpista. “As provas são muito concretas, há elementos muito robustos que levam claramente a entender que havia militares fazendo a defesa da instauração de um golpe no Brasil”.
“Para além do (sigilo) bancário, do fiscal, vamos fazer o pedido do telemático. A gente precisa entender com quem ele falou, sobretudo nos meses de novembro e dezembro”, comentou a relatora que avaliou a quebra dos sigilos como “urgente”.
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