Arthur Maia: CPMI de 8/1 não vai aceitar "laudos médicos graciosos"

Ex-diretor de Operações da Polícia Militar do DF Jorge Eduardo Naime apresentou um atestado para não ter que depor, mas voltou atrás antes que junta do Senado divulgasse conclusão "diametralmente oposta"

Ândrea Malcher

postado em 27/06/2023 10:33 / atualizado em 27/06/2023 10:33

(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou que irá ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) para questionar o laudo médico apresentado pelo coronel Jorge Eduardo Naime para faltar ao depoimento ao colegiado da última segunda-feira (26/6).

O coronel afirmou que não tinha condições de saúde para a oitiva por “quadro depressivo”. No entanto uma junta médica do Senado avaliou que ele estava apto para a oitiva. Antes que a conclusão fosse divulgada, Naime voltou atrás e decidiu que iria depor. Maia quer que o CRM confronte os atestados “diametralmente opostos”.

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“Esta CPI não vai aceitar de maneira nenhuma, não estou dizendo que é o caso, laudos médicos graciosos com o propósito de dificultar os nossos trabalhos”, alertou Maia.

Ex-diretor de Operações da Polícia Militar do DF, Naime está preso desde fevereiro na Academia Militar, acusado de omissão diante da invasão da sede dos Três Poderes. A investigação aponta que ele teria se ausentado no dia do ataque e sabotado a segurança, junto a outros integrantes da PMDF e da Secretaria de Segurança do DF, como o próprio ex-secretário, Anderson Torres.