CPMI

Não há correlação entre 12/12 e a diplomação de Lula, diz ex-comandante da PM

Ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime diz que os ataques ocorridos em Brasília no dia 12 de dezembro não tem relação direta com a diplomação de Lula — que ocorreu no mesmo dia

Taísa Medeiros
postado em 26/06/2023 18:12 / atualizado em 26/06/2023 18:13
 (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)
(crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do 8/1, o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime defendeu que não há relação direta entre os fatos ocorridos em Brasília na noite de 12 de dezembro e a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorrida na tarde daquele mesmo dia. 

“Não há correlação entre os fatos que aconteceram na noite do dia 12 com a diplomação do Presidente. A diplomação do Presidente era um evento previsto, em que a Polícia Militar fez o policiamento como deveria ter sido feito”, disse. “Agora, os atos que aconteceram na noite do dia 12 foram atos que aconteceram devido à Polícia Federal ter efetuado a prisão do índio Serere no meio de uma caravana de ônibus, do lado da sede da Polícia Federal, e saiu com as viaturas em direção à sede da Polícia Federal”, relembrou.

O ex-comandante disse que, diante do ocorrido, reforçou o policiamento do hotel, onde estava hospedado o presidente da República. “A polícia estava numa rotina normal. Teve a diplomação, a diplomação correu perfeitamente. Quando a diplomação acabou, o Comandante-Geral determinou que estava liberada a tropa, que se seguisse o expediente normal. Só que, infelizmente, a Polícia Federal esqueceu de nos avisar que faria uma prisão no meio de uma caravana de ônibus no centro da cidade”, criticou.

Por conta disso, o policiamento foi direcionado à região do QG do Exército, uma vez que não havia nenhuma programação de atos por parte dos manifestantes, conforme relatou o ex-comandante. “A Polícia Federal nunca foi alvo daqueles manifestantes. A sede da Polícia Federal nunca foi alvo. O alvo deles, a gente sempre soube qual foi. O alvo sempre foi dito por eles que seria a Esplanada”, frisou.

Essa é a segunda semana de oitivas da Comissão. Terça-feira (27/6) será ouvido o coronel do Exército Jean Lawand Júnior. O militar trocou mensagens com o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, nas quais defendia uma intervenção militar após Jair Bolsonaro sair derrotado das eleições de 2022.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação