A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro ouvirá na próxima terça-feira (27/6) o coronel do Exército Jean Lawand Júnior. O militar trocou mensagens com o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, onde defendia uma intervenção militar após Jair Bolsonaro sair derrotado das eleições de 2022. Lawand irá ao colegiado na condição de testemunha.
Nas mensagens descobertas pela Operação da Polícia Federal, Lawand e Cid conversam sobre a possibilidade de Bolsonaro decretar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), uma ação militar, contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lawand pede para Cid convencer Bolsonaro a “dar a ordem”. À época, o coronel Lawand era subchefe do Estado-Maior do Exercito.
Em mensagens divulgadas pela imprensa, e depois tornadas públicas pela Justiça, Lawand e Cid conversam sobre a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro decretar uma ação militar contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lawand pede que Cid convença Bolsonaro a "dar a ordem". Mauro Cid está preso.
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A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), entende que as conversas se relacionam com fatos preparatórios para os eventos do dia 8 de janeiro e merecem atenção especial da investigação. Ela é autora de um dos quatro requerimentos que embasam a convocação.
Jean Lawand Jr. falará à CPMI na condição de testemunha. Ele foi convocado para prestar depoimento, o que significa que não pode deixar de comparecer.
Coronel Naime
A CPMI também vai ouvir o coronel Jorge Eduardo Naime na próxima segunda-feira (26/6). Naime participa como testemunha, e como foi convocado, não pode faltar à comissão. O PM era o comandante do Departamento de Operações da corporação durante o fatídico dia 8 de janeiro. Atualmente, Naime está preso no Complexo Penitenciário da Papuda.
Naime foi detido em fevereiro pela Operação Lesa Pátria da PF que investiga os eventos de 8 de janeiro. O coronel saiu de folga poucos dias antes dos atos golpistas de 8 de janeiro e é investigado por participação nos eventos. Ele teve a prisão preventiva decretada por risco de fuga e prejuízo às investigações.
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