Após permanecer em silêncio por sucessivas perguntas dos parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), o empresário George Washington de Oliveira, condenado por tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, disse que “jamais colocaria artefato explosivo em cima de um caminhão-tanque”. Ele foi condenado por tal ato, 6 horas após a polícia identificar o crime cometido.
“Eu trabalho há 37 anos na área. Jamais colocaria um artefato explosivo em cima de um caminhão”, disse o empresário. “Ou, como alegaram, o caminhão tanque entrar no aeroporto e explodir ao lado de um avião. Ele não encostaria perto de um avião. Ele iria descarregar perto de um aeroporto, e dali outros caminhões menores abasteceram o avião”, explicou. À Polícia Federal, em depoimento prestado no dia 25 de dezembro, o empresário confessou o crime, e afirmou que o plano para a explosão nos arredores do aeroporto de Brasília foi arquitetado no acampamento e que a ideia inicial era explodir o artefato na subestação de energia de Taguatinga.
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O empresário ainda disse que o artefato colocado não tinha poder de explosão, contrariando o que os peritos alegaram durante a oitiva, mais cedo. “Esse artefato que vocês falam que era dinamite, até os próprios peritos falaram, era nitrato de amônia com mais alguma outra mistura, não tinha poder de explosão”, defendeu.
Oliveira admitiu que frequentava o acampamento em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. Ele pontuou, ao explicar detalhes sobre o artefato, que no local havia muitos infiltrados. “Tinha ônibus de infiltrados. Tanto que foram retirados do acampamento os ambulantes que vendiam objetos”.
Terrorista
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) definiu o empresário como terrorista, e o questionou. "O senhor sabe que é terrorista?", perguntou durante a sessão. Após hesitar por alguns segundos, George respondeu. "Eu não me vejo como um terrorista. Não sou terrorista", disse o preso. Ele também se afirmou como um "patriota".
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