A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aprovou, na terça-feira (20/6), requerimentos para a convocação, como testemunhas, de João Pedro Stédile, líder do movimento, e de José Rainha Júnior, da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), organização de luta pela reforma agrária, sem relação com o MST. A data das oitivas, no entanto, ainda não foi definida.
“Nós queremos muito que Stédile venha. O MST é responsável pelo assentamento de 400 mil famílias. Stédile vai tirar o argumento de muita gente aqui. Vocês já foram em um assentamento produtivo? Isso é muito grave, estão convocando porque se pressupõe que é um bandido. Eu reafirmo: o relatório já está pronto", declarou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), com o impasse causado pelo fato de a dupla não ser convidada a depor.
Na condição de convidado, não há obrigação em comparecer. Mas a presença passa a ser obrigatória quando convocado, a menos que a pessoa consiga uma decisão judicial.
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Foi retirado da pauta a votação de requerimento que convidava o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, para depor. Apesar do pedido ter vindo do autor, o deputado Evair de Melo (PP-ES), o depoimento poderá ser analisado novamente pela comissão na próxima semana.
Com a maioria sendo de oposição, a CPI tem priorizado requerimentos do partido do relator, o deputado Ricardo Salles (SP), o PL. Das 34 propostas analisadas, 30 são de autoria de parlamentares da siglas de oposição ou auto-declaradas independentes. As únicas quatro rejeições são todas do PT, que busca mostrar uma faceta positiva do MST.
A CPI aprovou, ainda, a convocação do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, para dar explicações sobre o uso de um helicóptero da corporação durante uma ação do MST no Paraná no dia 7 de junho, que semeou quatro toneladas de sementes de palmeira juçara numa região de 67 hectare onde há uma comunidade do movimento.
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