Após a exibição do vídeo de uma reportagem televisiva pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), três senadores da oposição ao governo manifestaram revolta diante das imagens e argumentos mostrados. A mídia citou diretamente os parlamentares Magno Malta (PL-ES), Damares Alves (Republicanos-DF) e Eduardo Girão (Novo-CE).
O vídeo continha imagens de Damares com o ex-assessor Wellington Macedo; de uma audiência pública presidida por Girão — na qual George Washington, preso pelo atentado ao Aeroporto de Brasília, esteve presente; e de Magno Malta com bolsonaristas que acampavam em frente ao Quartel-General do Exército.
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Damares rebateu que Macedo nunca foi seu assessor direto. “Duas vezes meu nome é citado nessa comissão, alegando que o jornalista Wellington era meu assessor. Ele nunca foi meu assessor, trabalhou em uma secretaria ligada ao Ministério (da Mulher, Família e Direitos Humanos). Vamos parar com essa narrativa porque está ficando feio”, defendeu a ex-ministra de Bolsonaro.
O 2° vice-presidente do colegiado, senador Magno Malta, também reagiu ao vídeo apresentado por Correia. O presidente Arthur Maia (União-BA) concedeu a ele os cinco minutos regimentais de resposta por ter sido citado no material, que exigiu foto de Malta ao lado de um dos envolvidos na tentativa de atentado a bomba ao aeroporto.
"Eu não sei quem são. Não conheço. Tenho foto com tudo que é bandido, inclusive com alguns que estão de gravata, com mandato, alguns que estão no governo. Todo tipo de bandido, eu tenho foto", disse o senador. Ele declarou ainda que assinou um requerimento para que a CPMI tenha acesso à quebra do sigilo telemático de Alan Diego e George Washington de Oliveira.
Ele também criticou a associação entre Alan e a senadora Damares Alves, declarando que, quando a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, era ministra da Casa Civil, o chefe de gabinete foi preso por pedofilia. "Qual a culpa da Gleisi nisso? O que ela tem a ver com os erros desse cara? Nada", frisou Malta.
O senador Eduardo Girão, citado no vídeo, também teve direito de resposta. Ele criticou o que chamou de "revanchismo" e negou que seu gabinete tenha autorizado a entrada dos envolvidos nos atos antidemocráticos no Congresso Nacional.
Ele citou audiência pública presidida por Girão no ano passado, na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Direito do Consumidor (CTFC) que debateu as inserções de propaganda eleitoral durante o pleito. A sessão teve forte presença de apoiadores bolsonaristas, incluindo envolvidos nos atos antidemocráticos.
Segundo Girão, não se pode "criminalizar a política". "Nós fizemos o nosso trabalho, concluímos a audiência e não tem porque ter esse tipo de situação. Então eu peço respeito", enfatizou.
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