PESQUISA QUAEST

Julgamento de Bolsonaro: 47% dos eleitores defendem inelegibilidade e 43%, não

O Tribunal Superior Eleitoral iniciou nesta quinta julgamento que define se o ex-presidente ficará inelegível. A acusação aponta que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação oficial

Francisco Artur
postado em 22/06/2023 12:37 / atualizado em 17/07/2023 11:51
(FILES) In this file photo taken on February 05, 2021 Brazilian President Jair Bolsonaro gestures as he speaks during a press conference on a new fuel tax policy at Planalto Palace in Brasilia. Bolsonaro assured on August 3, 2021 he will
(FILES) In this file photo taken on February 05, 2021 Brazilian President Jair Bolsonaro gestures as he speaks during a press conference on a new fuel tax policy at Planalto Palace in Brasilia. Bolsonaro assured on August 3, 2021 he will "not accept intimidations¿ after the Superior Electoral Tribunal (TSE) opened an investigation against him on the eve for questioning the transparency of electronic balloting. (Photo by EVARISTO SA / AFP) - (crédito: EVARISTO SA)

Enquanto 47% dos eleitores defendem que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declare Jair Bolsonaro (PL) como inelegível, 43% do eleitorado acreditam que os direitos políticos do ex-presidente devem ser preservados. Esses números foram apresentados nesta quinta-feira (22/6), pela pesqusa Genial/Quaest, que perguntou a 2.029 pessoas a partir de 16 anos, se o ex-chefe do Planalto deve ser condenado pelo TSE por falas sobre fraude nas urnas.

O levantamento quantitativo se refere ao cenário em que Jair Bolsonaro é julgado, nesta quinta, pela corte máxima eleitoral. A análise do processo que acusa o ex-presidente por abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação oficial, durante reunião com embaixadores, em julho de 2022, começou às 9h. Se condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos.

Embora o contexto apresentado pela pesquisa mostre uma certa divisão entre os eleitores que defendem a condenação e os que apoiam a preservação do direito de Bolsonaro se candidatar a cargo públicos, há os que "não sabem" ou optaram por não responder. Esse grupo corresponde a 10% do eleitores, segundo a Quaest. 

Maioria de brancos e nulos em 2022 defende condenação

Segundo a pesquisa Genial/Quaest, a maioria dos eleitores que votaram 'branco' ou 'nulo' no segundo turno das eleições de 2022 defende que o TSE declare como inelegível Jair Bolsonaro. De acordo com a pesquisa, 47% deste grupo defendem a condenação, enquanto 33% desejam que a corte mantenha os direitos políticos do ex-presidente, e 20% optaram por não se posicionar.

Esse dado chama a atenção porque, no pleito do ano passado, esses eleitores se abstiveram de escolher entre o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro.

Entre os que apertaram 13 (Lula)  em 2022, 80% desejam que o TSE torne Bolsonaro inelegível, já 12% não e 8% não sabem ou não responderam a essa pergunta. No grupo de pessoas que apertou 22 (Bolsonaro), o levantamento Genial/Quaest apontou que 82% defende a manutenção dos direitos políticos do ex-presidente, 13% apoia a condenação e 6% não sabem ou não responderam.   

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação