SELIC

Lula diz que Campos Neto "joga contra a economia brasileira"

"Não é o governo que está brigando com o BC, quem está brigando com o Banco Central é a sociedade brasileira", disse o presidente

Correio Braziliense
postado em 22/06/2023 10:49
 (crédito: MAURO PIMENTEL / AFP e Sergio Lima / AFP)
(crédito: MAURO PIMENTEL / AFP e Sergio Lima / AFP)

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a taxa básica de juros da economia em 13,75%, nesta quarta-feira (21/6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o patamar da Selic é "irracional" e que "não existe explicação inaceitável" para manter o percentual. Lula também afirmou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, "joga contra a economia brasileira".

A declaração foi feita em entrevista coletiva concedida por Lula na quarta-feira (22/6), antes de decolar da Itália para a França. Segundo o presidente, a Selic aumenta o juro real, quando há queda da inflação, e que "ninguém no Brasil está tomando crédito porque a sociedade não consegue pagar".

"É irracional o que está acontecendo no Brasil, uma taxa de 13,75% e inflação de 5%. "O problema com o BC não é do governo, é da sociedade. "Não é o governo que está brigando com o BC, quem está brigando com o Branco Central é a sociedade brasileira, a Confederação Nacional da Indústria está brigando, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a maior do Brasil, está brigando com taxa de juros, os maiores varejistas estão brigando com taxa de juros", afirmou Lula.

O presidente também cobrou os senadores para pressionar a diretoria do Banco Central. Campos Neto tem mandato de quatro anos e já disse que não pretende encurtar sua gestão, prevista para terminar no ano que vem.

"Foram os senadores que colocaram o cidadão (Campos Neto) lá, tem que verificar se ele está cumprindo com o que tem de cumprir. Ele tem que ser cobrado. Acho que esse cidadão joga contra a economia brasileira. Ele não tem explicação, não existe explicação aceitável por que a taxa de juros está em 13,75%, Não temos inflação de demanda", disse.

Com informações da Agência Estado*

 

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